Arranhar árvores... Sim ou Não? - Jornal Animal

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Arranhar árvores... Sim ou Não?

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 Arranhar árvores... Sim ou Não?

O ato de arranhar árvores pode colocar em risco a saúde do pet e do tutor.

A esporotricose, úlceras na pele que podem atingir tanto animais quanto humanos, pode ser consequência de um hábito aparentemente simples: arranhar árvores.

Causadas por fungos, as micoses afetam animais e pessoas de várias maneiras e em diferentes graus de intensidade. A esporotricose é uma delas e o fungo causador pode ser encontrado em plantas e em troncos de árvores, principalmente. Por isso, gatos que com o hábito de arranhar troncos estão mais suscetíveis à doença. Em cães, a infecção é mais difícil de acontecer.

Machucados na face e nos membros do pet podem ser sinais de que ele está infectado. A partir desse ponto, os tutores devem tomar uma série de cuidados específicos com o animal. Usar luvas ao manipulá-lo para evitar o contato direto com as úlceras, ter o máximo de cuidado com arranhaduras e mordidas e o garantir acompanhamento de um médico veterinário são medidas essenciais para a saúde do pet e, consequentemente, do tutor e sua família.

Segundo a Profa Dra. Ana Claudia Balda, médica veterinária, parceira do Comac (Comissão de Animais de Companhia do SINDAN - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), coordenadora do curso de Medicina Veterinária e professora do mestrado em Saúde e Bem-Estar Animal na FMU, “o tratamento é feito à base de medicamentos antifúngicos por via oral. O tempo de cura é em torno de três meses, sendo sempre importante o acompanhamento de um médico veterinário devido aos efeitos colaterais do remédio”.

A esporotricose é considerada uma epidemia pelos especialistas, sendo uma das grandes preocupações dos veterinários quando o assunto é saúde pública. Isso acontece pela fácil transmissão do animal às pessoas. Um pet que está contaminado e não recebe a devida atenção pode contaminar uma família inteira.

É importante ressaltar que o animal pode transmitir a enfermidade aos humanos mesmo sem estar infectado pelo fungo, pois o microrganismo fica nas unhas do pet após o contato com plantas ou solo contaminado e é difundido através do contato.

Descobrir a doença no início é importante porque impede o contágio de novas vítimas. Apesar de a esporotricose ter cura o tratamento é longo e pode causar efeitos colaterais.
 
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