Dr. Luiz Carlos Junior - Jornal Animal

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Dr. Luiz Carlos Junior

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O Dr. Luiz Carlos Junior, médico veterinário, nos traz importantes informações sobre a saúde dos nossos pets e também nos fala de seus queridos animais, bem como de sua carreira. Vamos conferir?

1. O que o levou a estudar Medicina Veterinária?
R. Eu sempre tive interesse em tratar de animais. Aos 8 anos, eu e um amigo pulávamos uma casa abandonada para alimentar uma ninhada de filhotes de gatos abandonados. A partir dali, decidi ser médico veterinário. Como eu li recentemente, toda criança gostaria de ser veterinário, algumas são mais teimosas e se formam.

2. Dentro da Medicina Veterinária, você se especializou em algum segmento?
R. Sim, endocrinologia e Metabologia de pequenos animais.

3. Onde você trabalha atualmente? Em que cidade e país?
R. Faço atendimentos em domicílio em toda a cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana – Brasil.

4. Você teve animais de estimação em sua infância? Como se chamavam e como eles eram?
R. Sim, tive 2 pastores alemães na infância chamados Balu e Bimba. Balu era enorme e um doce de cão. Bimba era uma cadela perfeita para tomar conta de casa e principalmente do galpão onde foram criados. Possuía uma educação e lealdade absurdas. Tiveram filhotes lindos e eu vivia com eles. Além disso tive um periquito que adentrou a nossa casa e seu nome era Aparecido. Também tive um canário quando criança que vivia bicando o nosso dedo e seu nome era Valentino.

5. Atualmente você tem animais de estimação? Como eles se chama e como eles são? Tranquilos? Agitados?
R. Atualmente possuo 5 cães. 3 na minha casa e 2 na minha mãe. Na minha casa tenho o Nano (Yorkshire), 9 anos. É um cão cavalheiro, daqueles que pedem carinho esfregando a patinha com muito cuidado. Tutty é uma yorkshire, de 6 anos, e já teve alguns filhotes com Nano (todas as 3 ninhadas foram na incompetência em separá-los evitando a cruza, por parte da família da minha então, noiva). Dolce é a filhota da casa, 10 meses, muita energia, brincadeiras e seu único problema é brincar com fezes, mas estou trabalhando para diminuir esse problema.
Fred é um schnauzer lata e apesar de ser rabugento (sempre disse que puxou o meu pai) é um amor de cão, porém somente com a família. Ele é mal educado com visitas. Não ataca, mas não se envolve (rs).
Pedrita é a minha york, filhote de Nano e Tutty, minha preferida também. Ela, junto com o Nano, entraram com as alianças no meu casamento. É alegre, incansável (principalmente se tiver uma bolinha por perto) e extremamente apaixonada por mim, se eu estiver por perto, ninguém mais existe. Todos eles são muito dóceis.

6. O que os governos dos países ainda não fizeram e que precisaria ser feito em relação à proteção e cuidados com os animais?
R. A curto prazo a microchipagem para acompanhar o cuidado com o animal e identificar os tutores dos que estiverem  abandonados, podendo punir os tutores "descuidados". A longo prazo educar a população, desde a infância, com relação ao cuidado e responsabilidade com animais. Acredito também que as leis contra maus tratos deveriam ser mais severas ou pelo menos as que já existem serem cumpridas.

7. Como se deve cuidar de um animal de estimação?
R. Outra pergunta muito interessante, devemos tratá-los de uma forma que livre ele de estresse. Acredito que isso deve ser pensado antes de adquirir um animal primeiramente. Não adianta uma obter um galgo e deixá-lo preso no apartamento para correr somente aos domingos. Conheço um shih tzu que corre 5 km diariamente, por exemplo. Conheço também uma fox paulistinha que a tutora possui 85 anos. Ninguém entende porque a cadela ficou estressada. Quero dizer em resumo, tratar bem dos animais de estimação é além de dar banhos regularmente, ração de boa qualidade, vacinas anualmente, vermífugo e medicação para controle de ectoparasitas, é fornecer o que o seu animal precisa instintivamente também, como gasto de energia e atenção.

8. Como se deve prevenir doenças em cães e gatos?
R. Para a prevenção, eu indico realização de exames de fezes e sangue a cada 6 meses, medicação para controle de ectoparasitas. É importante também ficar de olho naquele cachorrinho/gatinho/passarinho curioso que come qualquer coisa que está no seu alcance, muitas vezes são substâncias que podem matar.

9. O que você, como médico veterinário, gostaria de dizer para os internautas da web revista Jornal Animal que gostam tanto de ser tutores de seus pets?
R. Animais não são produtos, apesar de muitas vezes serem comprados, e sim seres vivos que precisam de cuidado diariamente. Infelizmente, vivem menos tempo que nós na grande maioria das vezes (excessão a tartarugas ou papagaios) e dar-lhes uma vida digna é o mínimo que devemos oferecer para seres que estão sempre dispostos a se doar para nós. Está triste? Seu cão irá lhe ajudar. Irritado? Uma lambida e parte dos problemas passam. Isso em troca de que? Nada! Querem somente nossa presença, carinho e atenção, mas caso você não dê, eles vão continuar te amando e te esperando no fim do dia.
Editor: Sergio Valério
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