Dudu Braga - Jornal Animal

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Dudu Braga

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Dudu Braga: 
 O Amor pelos Animais é Hereditário!

O Brasil inteiro conhece Dudu Braga, filho de Roberto Carlos e Nice, irmão de Rafael, Luciana e Ana Paula. Além de já ter sido ganhador de um Grammy como produtor musical, pelo CD do Padre Marcelo cantando as músicas de Roberto Carlos, também como produtor realizou o projeto “Nossa Senhora” que ganhou Disco de Platina. Dudu Braga apresenta o programa “É Preciso Saber Viver”, pela Nativa FM SP, de Segunda à Sexta, das 05:00 à 06:00 horas, além de ter feito uma brilhante participação na novela “América”, da Rede Globo de Televisão, apresentando o programa “É Preciso Saber Viver”. Segundo Dudu, que apresenta ao lado de Bianca Rinaldi o programa “Ressoar”, aos sábados, às 10:00 horas, pela Rede Record de Televisão, uma de suas maiores emoções foi ter ouvido o seu pai, Roberto Carlos, em uma das edições do Vídeo Show, dizer: “Eu tenho um ídolo, meu filho, Dudu”. Confira, em mais uma entrevista do jornalista Sergio Valério, as emoções de Dudu Braga:
Dudu fala dos animais da infância de Roberto:
“Eu acho que entre os muitos cachorros que o meu pai teve quando criança, uma se chamava Tutina. Meu pai tinha umas galinhas e até um leitãozinho. A minha avó Laura era costureira e tinha uma edícula atrás da casa e ela ficava ali, de vez em quando, e o leitãozinho deitava do lado dela e ela passava a mão na barriguinha dele e ele se virava assim, de tão bonitinho que ele era. Minha avó também tinha um papagaio chamado Louro, como eu acho que 70% dos papagaios têm esse nome”.

O Amor pelos Animais é de Pai para Filho:
Quisemos saber se o amor que Roberto Carlos demonstra pelos Animais, também “passou” para o filho Dudu. Ele nos responde: “Com certeza, inclusive, o Amor e o lado Ecológico, meu pai fez música para as baleias, ele sempre esteve engajado neste lado ecológico, e passou, com certeza, esse lado amoroso. Os nossos bichinhos fazem parte da família, mesmo! Isso é hereditário”.

Axaxá:
Dudu nos fala sobre Axaxá, e nos revela que este foi o cachorro que inspirou a música “O Portão”, onde seu pai, Roberto Carlos, descreve a alegria do seu cachorro Axaxá com a sua chegada. Dudu canta um trecho da música: “Eu cheguei em frente ao portão, meu cachorro me sorriu latindo...” Ele se emociona e nos explica: “Esse cachorro existia. Era o Axaxá, que era o cachorro que a gente tinha na casa do Morumbi, onde a gente morava. Axaxá ficava esperando meu pai voltar dos shows, ele foi um cachorro muito especial na vida do meu pai e na minha vida também. Axaxá era completamente alucinado pelo meu pai, era um vira-latinha branco, aquele vira-lata bem tradicional, com aquele rabinho em “C”, peludinho, branquinho, Era o Axaxá, a Carlota e tínhamos também o Ney Matogrosso, que era filho deles”. Dudu nos explica o porque do nome do cachorro: “Ele era todo malhadão, o Ney Matogrosso, na época pintava o rosto”.
O Axaxá tem uma história muito interessante, além de fazer parte literalmente desta música “O Portão”, quando o meu pai separou da minha mãe, é claro, ele foi embora de casa, a separação é sempre uma coisa muito doída, mas foi amistosa, o Axaxá sentia muita falta do meu pai, muita falta mesmo. Quando ele ouvia as músicas do meu pai, ele ficava uivando, de saudade do meu pai, meu pai ficava super triste. Eu me lembro quando o Axaxá faleceu, fui eu quem contei para o meu pai, foi uma choradeira no telefone. O meu pai se separou em 1978 da minha mãe e o Axaxá ficou vivo até 1981 e foi muito triste mesmo.

Dudu pensou um dia em cantar?
Quando Dudu cantarolou a música “O Portão”, percebi que ele é super afinado e aí a pergunta era inevitável: O Dudu, um dia, já pensou em se tornar um cantor? Ele sorri e responde: “Pensar sim, mas, pensar seriamente não. Eu acho que cantar para quem, como eu, é filho de quem é uma referência na Música, Primeiro porque eu sou super envergonhado, eu acho que tem que ter muito peito parar chegar na frente de um palco e cantar para 10.000, 20.000 pessoas, abrir a voz e soltar, Até que eu não canto mal não, até que dá para brincar, eu “engano” bem, mas eu acho que isso, para mim a referência do meu pai é uma coisa muito forte e o nível de exigência que ele tem dele mesmo eu acho que pesaria sobre eu mesmo também. Eu tenho a minha bandinha que eu toco, porque eu toco bateria, é uma coisa que eu adoro, de vez em quando eu pego lá o microfone e canto uns rocks assim, só pra tirar um barato, mas profissionalmente, não.

As Músicas de Roberto que mais emocionam:
Dudu reflete e nos diz: “Aí é difícil! Músicas do meu pai são muitas, não só porque “são muitas emoções”, mas porque são muitas que me tocam. Das românticas, a música do meu pai que eu mais gosto, realmente, é “Olha” e a música que eu mais gosto do meu pai é “Todos estão surdos”, que ele fez numa época, no começo da década de 70, em que ele tinha uma influência de James Brown, da soul music. Engraçado que quando eu ouço as músicas do meu pai, tudo lembra alguma coisa. “As Flores do Jardim da nossa Casa” é uma música que me emociona demais por ter sido feita quando eu nasci, por causa do meu problema de visão, por tudo o que eu estava passando naquele momento. Uma outra música que me emociona demais é “Como é grande o meu amor por você”, que o meu pai fez para a minha mãe (Nice), quando eles se apaixonaram. Aliás, eu acho que não são só as músicas do meu pai que me emocionam, ele me emociona muito no palco. Quando eu olho para o meu pai no palco, eu sinto tudo o que ele percorreu. Meu pai, para mim, é uma referência, é o meu exemplo e o meu ídolo!”.

Nice:
Dudu se emociona quando se lembra de sua mãe: “Minha mãe era uma pessoa maravilhosa, capricorniana, brava, mas uma pessoa de um coração incrível! Minha mãe, acho que como todas mães na vida dos seus filhos, tem uma importância enorme e para mim não foi diferente. Meu pai foi sempre quem “puxou meu freio de mão”, e a minha mãe foi sempre quem mais soltou. Por causa do meu problema de visão, eu perdi realmente a visão com 23 anos e até essa idade eu enxergava normalmente, tanto que eu dirigia, sem problema nenhum. Meu pai tinha medo que eu tomasse uma bolada ou qualquer outro tipo de brincadeira mais agressiva, que viesse a me causar um problema, então ele me segurava, já a minha mãe me soltava: “Vai jogar bola! Vai surfar! Vai pegar onda!”. Minha mãe tinha uma força interior, uma energia muito grande. Eu tenho um orgulho muito grande do meu pai e da minha mãe, até da forma com que eles se conheceram. Minha mãe conheceu meu pai porque foi pedir um show beneficiente para o Orfanato São Judas Tadeu, e eles acabaram se apaixonando, juntaram essa coisa da caridade, do bem comum, de você trazer uam mensagem de amor, de carinho, de você sempre estar estendendo a mão. É por isso que eu posso dizer que eu fui feito de muito amor”.

Lady Laura:
O coração de Dudu bate muito forte e ele nos diz: “Você quer que eu chore, não é? A Lalá é uma guerreira, além de minha avó, é minha madrinha de batismo, ela é a pessoa realmente responsável pela carreira do meu pai. Foi ela que teve a coragem de sair de Cachoeiro do Itapemirim, pegar as malas, acreditar no talento que o meu pai demonstrava quando era pequeno. Ela, para mim, também é uma mãe, não é só avó, cuidou de mim em Houston, quando em 1993, eu perdi a visão, ela ficou comigo lá, minha mãe já tinha falecido em 1990, ela ficou comigo dois anos, uma dedicação absurda, que eu confesso para você, talvez tenha sido um dos momentos mais difíceis da minha vida, mas por eu ter estado junto com ela, eu sinto até saudade daquela época”.

Maria Rita:
Dudu novamente se emociona: “Uma pessoa linda, apaixonada pelo meu pai, dedicada, presente 365 dias por ano, 24 horas por dia, todos os minutos, ariana como o meu pai, uma personalidade forte, uma pessoa que me ajudou muito, quando eu estava em Houston, teve um momento que a minha avó não pode estar comigo, logo no começo, quem ficou comigo foi o meu tio Carlinhos e a Maria Rita. Ali nós conversamos muito, ela ficou comigo ali como se fosse uma mãe, me deu todo o carinho, me deu todo o conforto, uma pessoa que deixou muita saudade”.

Romeu:
Dudu sorri quando nos fala como é Romeu, o seu cão da raça labrador: “Ele é como o dono, um palhação! O meu cachorro ele é uma figura, super carinhoso, super doce, super meigo, se chegar um ladrão lá em casa, ele bota pra dentro e serve um cafézinho!. Romeu é lindo. Ele fica na minha casa, em Guarujá porque é um cachorro, de certa forma, grande e são os meus caseiros que já estão comigo há 20 anos que cuidam do Romeu.

O que é cuidar bem de um Animal:
“Eu tenho uma certa preocupação com relação aos animais, que são os animais em cativeiro. Eu não gosto muito disso. Eu acho que nós temos a liberdade de ir e vir, na verdade quando você tem um animal de estimação você prende ele num mundinho ali, o próprio cachorro quando sai na rua em São Paulo, todo mundo sabe, tem que levar na coleirinha senão ele foge, então, para mim, cuidar bem de um cachorro, além dos cuidados tradicionais como higiene, veterinário, esse tipo de coisa, é dar liberdade a esse cachorro. Eu acho que para ter um cachorro, você tem que ter um certo espaço para que ele possa ter uma certa liberdade dentro daquele mundo que ele vai criar ali. Eu acho isso muito importante para um animal. Eu jamais teria um Romeu no meu apartamento porque ele é um cachorro grande. Um cachorro pequeno, sim!

O Ser Humano tem tratado bem dos Animais?
Dudu não pensa duas vezes e nos responde: “As pessoas que eu conheço, tratam bem, mas de um modo geral, eu acho que não. Animal não é brinquedo. Animal é uma vida que está sob os seus cuidados e tem que ser encarado com esta responsabilidade.

Dudu daqui a 10 anos:
Perguntamos e ele resume: “Eu me imagino fazendo música, fazendo programa de rádio, com meus filhos (Giovanna e Gianpietro, do seu primeiro casamento), com a minha mulher Valeska, trabalhando, fazendo a minha ginástica e tocando bateria. Eu me considero uma pessoa muito feliz!”.

Recados

De Dudu para você, nosso(a) leitor(a):
“Eu quero deixar uma mensagem de responsabilidade. Nunca compre um animalzinho na base da emoção, porque ele é bonitinho,
porque todo animal quando é pequenininho é bonitinho, peludinho. Compre um animal e pense no futuro, que você vai ter que cuidar dele, ele vai ter que ter espaço, você tem que ter paciência, que ele tem Vida. Compre um bichinho, quando você quiser ter, com responsabilidade”.

Do Jornal Animal para você, Dudu:
“Você é daquelas pessoas que a gente conversa 5 minutos e ficamos com a nítida impressão que já conhecemos há milhares de anos, tamanho é o seu carinho, atenção e a familiaridade que você nos passa. Além disso, um produtor musical de enorme sensibilidade e conhecimento, também possuindo uma qualidade que só está presente nos melhores apresentadores, a de fazer de suas entrevistas um momento onde o seu entrevistado fica completamente à vontade para abrir o seu coração. E mais, Dudu, você mostra toda a sua sensibilidade quando fala com tanto respeito e carinho com os animais! Um forte abraço e muito obrigado!

Do Jornal Animal para você, nosso(a) leitor(a):
Nossa missão de trazer pessoas tão sensíveis como você que amam e respeitam os animais, cada vez mais se torna um grande prazer. Poder entrevistar pessoas como Dudu Braga, que tem todo esse conceito de responsabilidade para com os animais e trazer revelações como esta feita sobre Axaxá, o cachorro que inspirou Roberto Carlos a compor “O Portão”, nos dá aquela sensação de total alegria por oferecer o que melhor temos para dar, a informação que você merece pelo carinho de mergulhar em nosso Jornal Animal, da primeira à última letra.

Sergio Valério


Editor: Sergio Valério
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