Lúcia Veríssimo - Jornal Animal

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Lúcia Veríssimo

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Lúcia Veríssimo: “Seu animal precisa estar ao seu lado!”

Lúcia Veríssimo é uma grande atriz, com interpretações marcantes em novelas, seriados, peças teatrais e filmes como, por exemplo, em “América”, “Esperança”, “o Salvador da Pátria”, “Agosto”, entre tantas outras produções. Ela nos conta: “Nasci no Rio de Janeiro, no bairro do Leblon e fui criada nesse bairro, depois de adulta fui morar em São Conrado, onde na verdade, passei a maior parte da minha vida. Meu pai é o Maestro Severino Filho, do grupo vocal “Os Cariocas”.

Seus animais:
Lúcia Veríssimo nos fala sobre os animais que teve em sua infância: “Tinha o Sultão, um pastor alemão que me levava para passear. Era uma excelente babá”. Ela completa: “Tenho quatro cachorros (dois leões da Rodésia e dois schnauzers brancos), sete gatos e um papagaio. Meus animais são muito tranquilos e educados, têm horários para se alimentarem, camas em todos os cômodos da casa (em volta da minha cama no meu quarto parece uma creche), saem para correr comigo na parte da manhã (inclusive os gatos que nos acompanham). Eles comem duas vezes ao dia, ao meio-dia e às 18 horas, rigorosamente”.

Fatos curiosos:
“Uma vez na fazenda, a minha casa estava em obra e fui dormir na pequena casa de hóspedes. Lá não tem lareira no quarto como na minha casa e liguei a calefação. O inverno é muito rigoroso. Aconteceu um curto no equipamento e meus gatos subiram em cima de mim e começaram a bater no meu rosto, até que eu acordei. Eles salvaram a minha vida. O quarto já estava completamente tomado pela fumaça. Eles poderiam ter saído por uma janela na sala e não saíram. Primeiro me acordaram”.

Os Cachorros:
“Meus cachorros também tem o hábito, principalmente quando estamos fora de casa, de tomarem conta dos meus pertences. Eles me acompanham muito, então muitas vezes vão a restaurantes, etc... Quando coloco uma bolsa no chão, eles sentam ao lado e ninguém pode se aproximar. Nunca ensinei isso, eles agem assim naturalmente. Eles são colados em mim. Então, se corro na praia e depois entro no mar para nadar, você vai vê-los ao meu lado o tempo inteiro. Eles não pensam muito no que vão fazer, eles só me seguem e pronto. Tudo é uma farra. Eles também têm um sentido de proteção muito grande comigo. Se estou triste, eles não desgrudam um só minuto, me fazem graça, trazem brinquedos, fazem carinho. Se estou alegre, eles saltitam ao meu redor”. Lúcia nos diz que se alguém quiser encontrá-la na fazenda, basta procurar onde estiverem muitos animais, que é lá que ela estará. Ela complementa: “Eles fazem isso porque querem ficar ao meu lado o tempo todo. Sou meio São Francisco. Mesmo com animais que nunca vi”.

A criança e o animal:
“É fundamental na criação de uma criança a companhia de um animal. Por diversos motivos, mas não adianta nada essa criança ter como pais quem trate animais sem carinho ou com violência, pois estará criando um monstrinho. O contato com esses seres que nutrem por nós um amor incondicional (aliás, única forma de experimentar tal sentimento) traz para a criança o respeito ao próximo, a compreensão de que não somos uma raça superior e que estamos no mesmo patamar em relação a qualquer ser vivo do planeta. Aprender a respeitar os animais e o meio ambiente, desde cedo, traz para essa criança uma visão de vida completamente diferente”.

O animal que ainda não teve e que gostaria de ter:
“Muitos. Gato savannah, por exemplo. Uma zebra, para ficar olhando ela pastando. Gostaria de poder morar num imenso parque onde todos os animais pudessem viver livres e eu ficar observando, convivendo com eles. Como na África. Quando estive por lá, eu ficava por horas só sentada olhando eles se locomoverem, se relacionarem”. Ela também nos conta que gosta que todos os seus animais vivam livres: cachorros, pássaros, galinhas, marrecos, patos, gansos, pavões, vacas, cavalos e cabras. Lúcia complementa: “Sou contra pessoas que não admitem que os cães fiquem dentro de casa. Ou favorecem os pequenos deixando os grandes "tomando conta da casa". Isso é discriminação e para se tomar conta mesmo, o cão deve permanecer dentro de casa e não do lado de fora. Ele vai te guardar muito mais estando ao seu lado”.

O que é cuidar de um animal:
“Boa alimentação com ração de boa qualidade (fazer economia em ração é algo estúpido, pois uma ração barata traz doença e portanto, maior gasto com veterinário e remédios), não alimentar seu cão apenas um vez. O ideal são duas vezes ao dia, em horários certos. Comeu naquele horário, lindo. Não comeu, suspende a comida, pois ração à disposição faz mal também. A ração fermenta e isso não é legal. Mantê-lo limpo, vacinado, vermifugado à cada seis meses, água limpa e fresca sempre à disposição, unhas cortadas, cama limpa (é a forma de educar seu cão a não subir em sofás e camas). Acreditem que eles vivem muito melhor em suas próprias camas do que em cima das nossas. Quisemos saber se ela acha que as pessoas de uma maneira geral tem tratado bem os animais. Lúcia reflete e diz: “Não!!! Definitivamente não”.

A ONG SAGA(Sociedade dos Amigos da Guarda Ambiental) e o BICHO SOLTO:
“A SAGA é uma ONG educacional. O intuito é educar o homem do campo a entender sobre os bons tratos aos animais e ao meio ambiente. O “Bicho Solto” é a menina dos meus olhos. Meu sonho de consumo é conseguir castrar todos os animais de rua para que não tenhamos mais animais nas situações
de abandono que assistimos todos os dias. Também luto para que leis mais rigorosas sejam criadas para o comércio de animais. Esse desenfreado mercado desalmado de animais”.

RECADOS:

De Lúcia Veríssimo para você, leitor(a):
“O mais importante de tudo é carinho, atenção, cuidado. Isso é amor. Seu animal precisa estar ao seu lado. A vida dele é você. Não se berra com um animal, você só o estressa e ele não vai entender, apenas ter medo. Você tem que ser firme e ser o dono da sua matilha. O animal sabe quem é o comandante e quando ele percebe que pode ser o comandante, diga adeus a seu sossego. Fale com ele, converse como conversa com um amigo e ele entenderá tudo. Você vai se surpreender com os efeitos que essa conversa pode provocar em você mesmo”.

Do Jornal Animal para Lúcia Veríssimo:
Conhecíamos o seu excelente trabalho como atriz, com personagens inesquecíveis e ouvir você nos falar com tanto carinho e respeito para com os animais, nos fez ainda mais a admirarmos. Parabéns, Lúcia Veríssimo, também por ser uma pessoa tão sensível assim como é!

Do Jornal Animal para você, leitor(a):
Um forte abraço e, se nosso Deus quiser, até a próxima edição, sempre procurando trazer pessoas que, como você, ame os seus animais!

Sergio Valério

Editor: Sergio Valério
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